E porque pensar no mar é pensar em Sophia, aqui fica um pequeno poema seu.
"Dos banhos nas manhãs de maré-alta, saíamos entontecidos e um tanto exaltados. Seguíamos com atenção o inchar de cada onda, pois éramos arrastados à rola se não mergulhávamos a tempo. O espraiar da água enrolava à volta das nossa pernas algas verdes,... A rebentação criava em nossa volta um halo de bruma e tumulto e habitávamos o interior dos pulmões da maresia."
Sophia de Mello Breyner Andresen