"Sangue azul gelado" - Iúri Buida
Drama, paixão, tragédia. Vidas atravessadas pela realidade de uma Rússia que teimava, nalguns aspectos, em ficar aquém do que preconizava a ideologia dominante.
Este romance de Iúri Buida é mais uma demonstração de que, na literatura russa, existem temas eternos, mas que podem ser abordados de forma original. A história da vida e da morte de Ida Zmoiro, cujo protótipo foi a conhecida actriz soviética Valentina Karavaeva, é utilizada pelo autor para retratar um regime onde o indivíduo pode gozar da sua fama mundial desde que seja fiel ao ditador, mas «desaparece» logo que ousa ir contra as regras da ditadura.
Expulsa dos ecrãs e palcos, Ida não baixa os braços e tenta sobreviver num ambiente cinzento e hostil, criando o seu próprio mundo: um quarto escuro onde continua a representar os seus papéis preferidos.
Pouco tempo antes de morrer, Ida tinha-se levantado da cama, ao som das três horas da madrugada, para libertar uma Stomoxys calcitrans de uma caixinha onde a guardara por algum tempo, e assim manter o ritual. Mas desta vez a mosca não «ressuscitou» como de costume. Ida saiu de casa, com caixinha dentro do bolso, e não voltou mais. Morreria algum tempo depois. O povo de Chúdov atribuiu a culpa às «pombas». Seria Ida Zmoiro a última vítima?
Este romance de Iúri Buida é mais uma demonstração de que, na literatura russa, existem temas eternos, mas que podem ser abordados de forma original. A história da vida e da morte de Ida Zmoiro, cujo protótipo foi a conhecida actriz soviética Valentina Karavaeva, é utilizada pelo autor para retratar um regime onde o indivíduo pode gozar da sua fama mundial desde que seja fiel ao ditador, mas «desaparece» logo que ousa ir contra as regras da ditadura.
Expulsa dos ecrãs e palcos, Ida não baixa os braços e tenta sobreviver num ambiente cinzento e hostil, criando o seu próprio mundo: um quarto escuro onde continua a representar os seus papéis preferidos.
Pouco tempo antes de morrer, Ida tinha-se levantado da cama, ao som das três horas da madrugada, para libertar uma Stomoxys calcitrans de uma caixinha onde a guardara por algum tempo, e assim manter o ritual. Mas desta vez a mosca não «ressuscitou» como de costume. Ida saiu de casa, com caixinha dentro do bolso, e não voltou mais. Morreria algum tempo depois. O povo de Chúdov atribuiu a culpa às «pombas». Seria Ida Zmoiro a última vítima?
"O noivo" - Ha Jin
Do autor de À Espera, distinguido com o National Book Award, um novo volume de contos que confirma a reputação de Ha Jin como um magistral contador de histórias.
As doze histórias de O Noivo dão vida aos dramas quotidianos dos homens e das mulheres chineses que começam a sentir a influência do Ocidente, embora continuem imersos numa sociedade que procura controlar cada um dos seus passos e pensamentos. Enquanto as suas personagens enfrentam as pequenas injustiças e grandes mágoas de uma existência limitada, Ha Jin celebra a sua profunda humanidade com um humor amargo e subtil e uma voz narrativa de uma desarmante simplicidade que lhe tem valido o aplauso da crítica e do público.
As doze histórias de O Noivo dão vida aos dramas quotidianos dos homens e das mulheres chineses que começam a sentir a influência do Ocidente, embora continuem imersos numa sociedade que procura controlar cada um dos seus passos e pensamentos. Enquanto as suas personagens enfrentam as pequenas injustiças e grandes mágoas de uma existência limitada, Ha Jin celebra a sua profunda humanidade com um humor amargo e subtil e uma voz narrativa de uma desarmante simplicidade que lhe tem valido o aplauso da crítica e do público.