O realizador português mais conhecido internacionalmente na história do cinema.
Manoel Cândido Pinto de Oliveira nasceu no dia 11 de dezembro de 1908 na cidade do Porto, 13 anos após o nascimento do cinema.
Morreu no dia 2 de abril de 2015, com 106 anos de idade e mais de 85 dedicados ao cinema . Era o mais velho realizador do mundo em atividade.
Para além da longevidade e atividade que lhe era admirada no mundo do cinema, ele mudou a forma de olhar e conceber o cinema como outros grandes do séc. XX.
Para além da longevidade e atividade que lhe era admirada no mundo do cinema, ele mudou a forma de olhar e conceber o cinema como outros grandes do séc. XX.
O primeiro contacto com a Sétima Arte foi como figurante, quando tinha 19 anos, no filme "Fátima milagrosa" de Rino Lupo.
Como ator, estreou-se, com uma breve passagem, no filme "A canção de Lisboa" de Cottinelli Telmo, em 1933.
A paixão pelo cinema rivalizava com o gosto pelo atletismo (foi campeão de salto à vara) e pelo automobilismo, modalidade em que conquistou alguns prémios.
"Douro, faina fluvial" foi o primeiro filme que rodou, então com 23 anos, com uma câmara oferecida pelo pai. Um documentário inspirado na cidade natal, que conta a vida ao redor de um rio que estaria presente nos vários trabalhos que lhe seguiram.
Destacamos a sua primeira longa-metragem de ficção "Aniki-Bobó", realizada em 1942. Um filme inspirado no conto Meninos Milionários de Rodrigo de Freitas, quase totalmente rodado em exteriores, nas zonas ribeirinhas do Porto e de Gaia.
Depois dos 80 anos, a sua carreira aumentou.
"Non, ou a Vâ Glória de Mandar", uma visão sobre a identidade portuguesa a partir do 25 de Abril de 1974, abriu uma nova etapa na filmografia de Oliveira, que a partir de então acelerou a sua produção cinematográfica para um nível impensável décadas antes, que manteve até ao fim e lhe permitiu estrear cerca de uma longa-metragem por ano.
O seu último trabalho foi a curta metragem "O velho do Restelo"" a partir de textos de Luís de Camões, Teixeira de Pascoaes e Miguel de Cervantes. Uma reflexão sobre a humanidade.
Após a sua morte,e a pedido do próprio, foi exibido o documento autobiográfico "A visita- Memórias e Confissões", apesar de já estar concluído desde 1982.
A vida e a obra de Manoel de Oliveira foi rica em obra e bastante premiada. Ao todo, foram mais de 40 prémios e 30 nomeações, maioritariamente internacionais.
Os argumentos dos seus trabalhos são na maioria feitos a partir de textos literários, e a sua técnica caracteriza-se por planos longos e representação teatral.
Em todas as obras, o realismo e a objetividade são as bandeiras principais.
Para o cineasta, o cinema era contar a história, o mundo segundo a perspectiva de determinada época.
Como realizador, durante mais de oitenta anos veio contando Portugal desde os períodos antes da ditadura, o Estado Novo, a democracia e os anos mais recentes.
O cinema era a sua maneira de refletir o passado, nunca o futuro. A evolução histórica que andou de mão dada com a própria evolução do cinema mudo, aos avanços que foi obrigado a fazer de forma a acompanhar os tempos.
Para o cineasta, o cinema era contar a história, o mundo segundo a perspectiva de determinada época.
Como realizador, durante mais de oitenta anos veio contando Portugal desde os períodos antes da ditadura, o Estado Novo, a democracia e os anos mais recentes.
O cinema era a sua maneira de refletir o passado, nunca o futuro. A evolução histórica que andou de mão dada com a própria evolução do cinema mudo, aos avanços que foi obrigado a fazer de forma a acompanhar os tempos.
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