![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfeyualWB5tQ1NfQIIMZ55hDUnaF8AL3ZbxvsxwzCBAcfFU6ok4CL7YRHpKmsxMF3ufTr_MpVjpweJwKD_-gczwpSpWgTC4drizvhiq9IsVdX9pH2OkWq7ZgMmSz3StcFhoYefO4mDJc/s320/teatro+lx+127.jpg)
"A realização das peças de Gil Vicente no Mosteiro dos Jerónimos prende-se com a ligação do dramaturgo à Corte de D. Manuel I. Nessa qualidade, representou, na câmara da Rainha, a 7 de Junho de 1502, o Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação, considerada a primeira obra teatral portuguesa. Esta peça foi dedicada à Rainha D. Maria, segunda mulher do Rei D. Manuel, por ocasião do nascimento do Príncipe, futuro Rei D. João III. Outros autos se lhe seguiram tais como o Auto Pastoril Castelhano, o Auto dos Reis Magos, o Auto da Alma e o Auto da Barca do Inferno, de 1517, também inicialmente apresentado na câmara da Rainha D. Maria. É provável que algumas destas peças tenham sido representadas no Mosteiro dos Jerónimos. Para além de dramaturgo, Gil Vicente terá sido o ourives da Custódia de Belém – peça emblemática e simbólica encomendada por D. Manuel e executada com o primeiro ouro proveniente de Quiloa – actualmente exposta no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. O Auto da Barca do Inferno e estará em cena durante o período lectivo".