EB 2,3 Infante D. Fernando - Biblioteca

10/10/2012

102 anos da República Portuguesa

A efeméride comemorou-se na véspera, dia 4 de outubro. 
Pela manhã, os alunos cantaram o hino nacional no átrio da escola.
Na biblioteca completaram o hino, pintaram a bandeira e fizeram sopa de letras com as palavras simbólicas.
 




O hino nacional


Um hino é um canto de louvor. Na Antiguidade cantavam-se hinos aos deuses.
Na Europa multiplicaram-se e aperfeiçoaram-se os hinos religiosos desde a Idade Média.

A ideia de adoptar uma música como símbolo de um país só surgiu no século XIX. Anteriormente era costume escolher para as cerimónias oficiais um tema composto em honra do rei.

No tempo de D. João VI, por exemplo, tocava-se o "Hymno Patriótico", de António Marcos Portugal.

Em 1834, depois da guerra civil e do triunfo dos liberais, o rei D. Pedro IV aprovou uma lei que declarava uma obra sua - o "Hymno da Carta" - como hino nacional. Manteve-se em vigor até à queda da monarquia.

Quando se implantou a República mudaram os símbolos do País. O projecto da nova bandeira desencadeou grandes discussões e apareceram dezenas de propostas. Quanto ao hino, não houve dúvidas. Toda a gente aprovou a escolha de "A Portuguesa", que já existia e era cantada com fervor em homenagem ao povo português e à História de Portugal. O Hino Nacional tem três estrofes, mas geralmente só se canta a primeira.


"A Portuguesa"
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil


I
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

II

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

III

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar

in, Centenário da Republica.pt